SURGIMENTO DE CENTROS DE PRODUÇÃO NA ÌNDIA
26 de Fevereiro de 2005
O Texto a seguir é o discurso que o Sr. Kumar Mangalam Birla entregou ao India Today Conclave realizado em Nova Délhi em 25 e 26 de Fevereiro de 2005.

Deixe-me começar agradecendo ao Sr. Aroon Purie e ao India Today Group por me convidar para este conclave, e pela oportunidade de compartilhar meus pensamentos com vocês. Nos últimos quatro anos, este conclave tem vindo a ser reconhecido como uma plataforma muito importante para a discussão e disseminação de idéias significantes tanto de relevância nacional como internacional. O tema deste ano "Percepção e Realidade" é um tema apto para olhar para a Índia emergente. A boa notícia é que o espaço entre a percepção sobre a Índia e a realidade parece ser certamente estreito. Uma busca no Google, embora reconhecidamente um teste não científico, revela 10 vezes mais referências ligando "Índia" e "China" do que "Índia" e "tigre" e 100 vezes mais do que "Índia" e "Maharaja", há três anos atrás. E, não tenho dúvida de que as deliberações deste conclave vai ainda ajudar a dissipar muitas ilusões sobre a economia indiana!
A questão colocada pelo tema desta sessão: "A Índia um pode ser centro de produção global?" implica um olhar para o futuro. Acho que foi Yogi Berra, o lendário treinador de beisebol que disse: "A previsão é difícil, especialmente sobre o futuro!". No entanto a minha tarefa hoje é muito mais simples de ser feita, já que as tendências e os dados anteriores sugerem um voto afirmativo para a Índia como um centro de fabricação. Mas antes de falar especificamente sobre a história da Índia deixem-me focar brevemente em algumas das tendências globais importantes na manufatura.
A mudança na cara da manufatura
Centros de produção surgem devido a um processo de aglomeração. Por causa dessa aglomeração um aumento desproporcional de industrias é atraído para locais com um custo salarial menor ou o acesso a um grande mercado, ou ambos. Assim, quando a fabricação de têxteis do Nordeste dos EUA mudou para o Sul dos EUA, então o Japão, a Coréia e agora, finalmente, a China e a Índia, se encaixaram nessa padrão previsível. O mesmo aconteceu quando a indústria automobilística mudou de Detroit para o México, através da fronteira, e para o Brasil, e depois novamente para o Sudeste Asiático.
Um após o outro a mudança da manufatura do Ocidente para o Oriente é evidente no setor industrial. Por exemplo, hoje, quase dois terços da produção mundial de fibras vem da Ásia, a mesma participação da América do Norte e da Europa em 1980. Refletindo a mudança das bases de produção, quase um quarto da demanda de combustível no mundo agora se origina da Ásia excluindo o Japão, em comparação com apenas um décimo em meados dos anos 1970. Para dar um exemplo mais recente, China, Tailândia e Índia contribuíram para 36% do aumento na produção mundial de veículos entre 2001 e 2004. A própria China já responde por um quarto da demanda global de aço e alumínio, quase um terço da demanda de carvão e 40% do consumo de cimento.
Durante os últimos 30 anos o peso do PIB global tem sido progressivamente deslocado da América do Norte e Europa para a região da ASEAN. A parcela da Europa na OCDE diminuiu 5%, EUA e Japão 1%. O crescimento médio do PIB da China e da Coréia nos últimos 23 anos foi 9,5% e 6,7%, respectivamente. Mesmo Taiwan, Malásia e Vietnã tiveram expressivos 6% de crescimento. A história de crescimento da Índia é bem conhecida. O ponto que desejo enfatizar é que o incremento de PIB e a renda estão subindo muito mais rápido na Ásia, o que significa que surgirá um substancial incremento no crescimento da demanda por todos os tipos de bens manufaturados nesta região. A localização da Índia, entre outros pontos fortes, a torna idealmente posicionada, junto com a China, para aproveitar esse crescimento da demanda regional.
Apesar das preocupações que a importância da manufatura está em declínio no nível global, a cota global da indústria no PIB ainda é perto de 25%. Novamente, esta percentagem é muito maior para o rápido crescimento das economias em desenvolvimento da Ásia, que é um bom presságio para nós, embora no seu conjunto, globalmente muito do MVA (manufacturing value added ou valor manufactureiro agregado em português) ainda vem do mundo desenvolvido. A parcela do MVA mundial tem, no entanto recuado 85-75% nos países desenvolvidos, enquanto que para as nações em desenvolvimento tem subido proporcionalmente 15-25%. Na própria Índia, a parcela do MVA é cerca de 17% do seu PIB, muito menor do que nossos pares na Ásia Oriental, o que indica substancial espaço para o crescimento.
Assim, um olhar mais atento a este quadro global mostra que a fabricação não está toda em declínio no nível global. Haverá grandes oportunidades para aqueles que puderem se encaixar nas mudanças que o setor manufatureiro está passando. E as oportunidades são especialmente interessantes para a nossa parte do mundo.
Deixem-me agora apresentar o caso de surgimento de centros de produção na Índia. Peço para olharem sob três aspectos determinantes. O primeiro é o fenômeno da inflexão - isso é, o crescimento não-linear, significando a decolagem da economia indiana. O segundo é um conjunto de algumas tendências emergentes que vão favorecer a Índia. E o terceiro é o conjunto de imperativos no contexto das próprias necessidades de desenvolvimento da Índia, que irá de forma dinâmica impulsionar o nosso setor manufatureiro.
Em primeiro lugar, vamos falar sobre o fenômeno da inflexão.
O fenômeno da inflexão na Índia
Com seu tamanho e taxa de crescimento, a Índia tem hoje massa crítica em muitos setores.. Para muitas commodities, a Índia tornou-se a maior, ou está entre as maiores produtoras do mundo. Isto inclui veículos de duas rodas, cimento, aço, medicamentos genéricos, tubos laminados e fibras de poliéster. Noventa por cento dos diamantes do mundo passar pela Índia, acrescentado valor em sua cadeia produtiva - de pedras brutas à gemas polidas. Em um nível mais micro, há muitas realizações em escala global. Para citar apenas alguns, a maior montadora de motos do mundo (Hero Honda) e fabricante de CD-ROMs (Moser Baer) estão baseadas na Índia. Uma de nossas próprias empresas é a maior do mundo em seu setor, a maior fundição de cobre em um único local está localizada na Índia. Mesmo em uma área industrial nova - e científica - como a atividade de lançamento de satélites, uma empresa indiana é cotada entre as seis melhores do mundo. Doze vencedores do Prêmio Deming - considerado como sendo equivalente ao Prêmio Nobel de fabricação - são da Índia. A curta mensagem de todas essas conquistas é que a Índia pode legitimamente aspirar a ser um centro global. E não é um alvo exagerado. Pelo contrário, é uma ambição com base em um histórico comprovado.
Agora também há evidências suficientes para sugerir que a trajetória de crescimento da Índia será em um nível claramente superior para as próximas décadas. Houve uma inversão de tendência do passado, em algum momento durante a década de 1980, isso causou a tendência da taxa de crescimento ficar próxima de 6% em vez de 3,5% como visto nas primeiros três décadas após a independência Esta tendência já se estende por quase 25 anos, um período composto por 7 parlamentos, 10 primeiros-ministros e 12 ministros das Finanças, e aponta claramente para alguma resiliência no crescimento. (Isso não é negar que a política do governo ainda pode facilitar o crescimento mais elevado). A renda per capita também está crescendo muito mais rápida devido à desaceleração no crescimento populacional. Tudo isso vai ter implicações profundas e dramáticas para o povo indiano e para as empresas indianas e, portanto, para o setor industrial também.
De acordo com alguns cálculos, supondo uma taxa média de crescimento anual do PIB da Índia de 5% ao longo das próximas décadas, o PIB vai dobrar aproximadamente a cada 14 anos. O PIB de hoje ajustado pela paridade de poder aquisitivo de 2,95 trilhões de dólares irá tornar-se 24 trilhões em 2047. O PIB americano que atualmente é de 12 trilhões de dólares seria - a uma taxa de crescimento média anual prevista de cerca de 2% - apenas dobraria para 24 trilhões de dólares em 2047 - o mesmo que a Índia. Assim, em pouco mais de uma geração, o PIB da Índia poderia superar o PIB dos Estados Unidos para se tornar a segunda maior economia do mundo depois da China, cujo PIB, em seguida, de acordo com esses cálculos, seria de 32 trilhões de dólares.
No entanto, projeções lineares como estas, por vezes, perdem as características de uma economia que está em fase de decolagem, que é talvez onde a Índia está agora. Depois que o PIB per capita atingir um certo limiar, se manifestará um maior poder aquisitivo e a tendência de crescimento irá acelerar. Um exemplo de uma transformação notável é a Coréia do Sul, que se formou a partir de um país menos desenvolvido (LDC) para um membro da OCDE, em cerca de três décadas.
O potencial para a Índia se desenvolver como um centro de produção é estritamente vinculado com o fenômeno de inflexão. Como tem sido a experiência de outros países, uma folga na linha de tendência leva a um crescimento interno acelerado, aumento da renda disponível e aumentos acentuados na demanda doméstica. A expansão do mercado doméstico impulsiona o acúmulo de massa crítica de fabricação - que um impulso global exige.
No entanto, outro fator que irá reforçar esta dinâmica é o demográfico. As tendências demográficas são a favor da Índia. A população em economias como a Europa e o Japão já avançaram em idade. Por outro lado, projeta-se que a Índia em 2050 terá o maior número de jovens abaixo de 25 anos no mundo, mais de 550 milhões e o maior número de pessoas na faixa etária produtiva de 20 a 60 anos - 800 milhões. Tendências globais são tais que grandes fundos de investimento de capital - de países com população envelhecida - terão de ser investido em regiões de alto crescimento com uma grande necessidade de capital, entre elas a Índia. Aliás, a escassez de trabalho nas economias desenvolvidas continuará a dirigir o fluxo de trabalho - serviços intensivos - para lugares como a Índia.
A confluência destes fatores - chegando a um ponto de decolagem, demografia favorável e complementaridade entre os países para trabalho e disponibilidade de capital e necessidade - contribuirá para o fenômeno de inflexão.
O que fundamenta essa visão é que muitas realizações da Índia em escala mundial são novidades recentes e o desenvolvimento foi acelerado, reforçando a crença na inflexão. Por exemplo, partindo do zero, dentro de alguns anos nós exportaremos cerca de 4 bilhões de dólares de refinado crú - principalmente como petróleo e diesel. Passamos de zero para quase um bilhão de dólares de produção e exportação de cobre. As atividades de P & D de várias empresas globais - entre elas IBM, Microsoft e GE - estão sendo desenvolvidas na Índia. A velocidade de propagação das telecomunicações na Índia foi de tirar o fôlego - um fato que fez até mesmo alguns políticos admitirem que eles subestimaram o potencial de mercado. O crescimento de automóveis e auto peças também tem sido exponencial.
Estes exemplos reforçam a minha crença de que o fenômeno da inflexão é obrigatório para levar a indústria indiana à um plano superior nos próximos anos. É, portanto, hora de parar de pensar em termos lineares e incrementais e sonho muito grande.
Deixe-me agora mudar o foco brevemente sobre duas importantes tendências emergentes que dão a Índia uma vantagem em se tornar um centro de produção, e soletrar 'Vantagem Índia'.
Tendências vantajosas e fundamentais para a Índia
A primeira tendência é a crescente abertura da economia indiana. Eu uso o termo como é entendido pelos economistas - ou seja, aumenta a razão de bens e serviços comercializados em relação ao PIB, que para a Índia está perto de 28%. Nossa abertura atual é maior do que a dos EUA, para quem ela é de 23,1%. Neste ambiente cada vez mais aberto, temos visto muitas empresas florescerem usando uma combinação de corte de gastos e agilidade em inovar, assim como um marketing agressivo. Dados microeconômicos mostram que nos últimos anos, para um grande numero de empresas, a taxa de crescimento da receita de exportação é mais rápido que o crescimento no total de vendas ou mesmo lucros.
Não basta as exportações cresceram cerca de 20% ao ano em termos de dólares, mas sua composição também mudou deslocando-se de materiais primários, para mercadorias de maior valor agregado, como produtos químicos, engenharia e têxteis.
A segunda mega tendência é a terceirização. O que começou como uma tendência aplicável somente a TI e serviços habilitados para TI, está rapidamente abrangendo auto peças, mesmo automóveis, engenharia de produto, pesquisa farmacêutica, ensaios clínicos, e também uma variedade de serviços. Esta medida ajudará a edificar a atividade industrial em escala global na Índia. Dá a impressão que não há nada que não possa ser terceirizado para a Índia. Se costuma dizer, que alguns serviços simplesmente não podem ser exportados, cortes de cabelo barato por exemplo. Mas, de forma despreocupada, acho que o dia não está muito longe, quando os barbeiros indianos vestindo cyber luvas sentado em cyber cafés em Mumbai, estarão dando aos seus irmãos americanos cortes de cabelo de baixo custo - chamarão de tele cirurgia de baixa tecnologia!
Todas essas tendências são um bom presságio para nós expandirmos agressivamente a produção na Índia para servir tanto o mercado interno como mercado externo.
Eu agora adiciono outra direção para a estória do centro de produção. Este fator está relacionado com as imperativas necessidades de desenvolvimento da própria Índia .
Quais são os imperativos da Índia para impulsionar a manufatura do ponto de vista economico
Os imperativos vêm de vários ângulos. O primeiro é a nossa estratégia de desenvolvimento. Uma grande e sustentável taxa de crescimento de 8% é o caminho certo para levantar uma grande proporção do gente da pobreza. E esta alta taxa não pode ser sustentada confiando somente no crescimento agrícola ou de serviços. Devido a limitações naturais inerentes à agricultura, a melhor taxa de crescimento que podemos esperar (que será marcada por falhas de monção ocasionais), é cerca de 3% a 4%. O setor de serviços não pode integralmente crescer a taxas muito elevadas, uma vez que quase a metade do setor presta serviços ao governo. Por isso, o setor manufatureiro tem que ser uma locomotiva crítica - e ele precisa crescer cerca de 10% ou 12%, de modo que a economia como um todo mantenha um crescimento de 8%.
O segundo imperativo é a demografia. Todos nós sabemos que para o futuro próximo, a força de trabalho da Índia vai crescer mais rápido (2,5%) do que sua população (1,6%), à medida que mais jovens e mais mulheres ingressam na força de trabalho. Esta expansão da força de trabalho não pode ser absorvida pelo setor agrícola somente, dada a produtividade cronicamente baixa neste sector. Um quinto da produção da agricultura nacional, é produzida por dois terços da força de trabalho. Isto é claramente insustentável. A indústria, portanto, tem potencial para fazer um redução significativa no desemprego, e também no processo de melhorar a produtividade. Salários e produtividade industrial são mais elevados, muitas vezes por um fator de cinco. Assim, a fim de transformar a oportunidade demográfica em um dividendo demográfico, nós temos que criar empregos na indústria. É pegar ou largar.
O terceiro imperativo vem a partir de considerações de recursos. Em minerais, metais, combustíveis, nós fomos generosamente dotados pela Providência. Nós temos uma grande massa de terra - e nossa densidade populacional - não obstante somente metade da nossa elevada população é tanto como dizer, os países baixos. Enquanto nós temos que ser cuidadosos para não delapidar o nosso capital ambiental, nossa economia e ecologia podem suportar níveis substancialmente mais elevados da atividade industrial.
O quarto imperativo é alcançar a liderança de custos. A Índia está entre os produtores de menor custo para muitos produtos industriais. Nossa liderança no custo total é impulsionado pela vantagem dos custos do trabalho, e isso vai sustentar num dado futuro uma atmosfera política pragmática. Nós também temos capital humano especial forte em engenharia e ciência, e esse trabalho altamente qualificado custa muito menos do que suas contrapartes na Europa ou nos EUA.
Então, se eu tiver persuadido você de que a inflexão de crescimento da Índia e seus próprios imperativos ao desenvolvimento significa olhar seriamente na construção de escala global da indústria, deixe-me acrescentar que essa história de crescimento vem com algumas ressalvas importantes. Deixe-me focar na que eu acredito que são as três mais críticas.
O caminho a seguir
Atmosfera política
Eu disse anteriormente que centros emergem devido a uma vantagem de custo e a disponibilidade de recursos. Mas o que pode dificultar ou facilitar seriamente este processo é a atmosfera política. Então, primeiramente, o que sobre a nossa atmosfera política precisa mudar para torná-la mais favorável ao investimento?
Fazer política econômica é um processo evolutivo, muitas vezes experimental, ou inovador. Às vezes, os políticos podem cometer erros, mas correções de curso são possíveis. A política de telecomunicações da Índia é um bom exemplo de como uma correção relativamente rápida no meio do percurso, de mudança de taxas de licença fixas para um regime de partilha de receitas, deu um enorme impulso para investimentos na indústria e na economia. Em contraste, a liberalização da eletricidade, que começou mais cedo do que as telecomunicações, tem sido incapaz de mudar de rumo ou atrair grandes investimentos. Cingapura é um exemplo notável de ágeis mudanças na política que reconhece as realidades econômicas e crescimento reforçado. Assim, a capacidade de formulação de políticas para criar um grande impacto está relacionada com a rápida adaptação política em sincronia com as realidades do terreno.
Além disso, como estão as coisas hoje em dia uma quantidade significativa de formulação de políticas está centrado em torno do orçamento, que pode ser para muitos um evento para fazer ou pausar. Nosso orçamento anual é sempre precedida do roer unhas em suspense. Em alguns outros países o orçamento é um evento divisor de águas. Por exemplo, nos países do Sudeste Asiático onde operamos, o orçamento é essencialmente uma prestação de contas do governo. As políticas chave que afectam o comércio e a indústria são articulados por um período de pelo menos cinco anos, e não estão sujeitos a choques orçamentários anuais, como na Índia. O resultado é que as empresas são capazes de operar em condições estáveis e mais previsíveis
Assim, se quisermos planejar grande e pensar global, definitivamente então nós precisamos ter um quadro político estável de longo prazo que permita que as empresas invistam grandes recursos com uma certeza muito maior.
Segundo, a infra-estrutura continua a ser o gargalo mais crítico. Deixe-me mencionar apenas duas áreas - energia e portos.
Um detalhado levantamento feito pelo Banco Mundial concluiu que os fabricantes enfrentam na Índia cerca de 17 quedas de energia significativa por mês, contra apenas uma por mês na Malásia e 4 na China. 9% do total da produção é perdida devido a queda de energia, em comparação com 2,6% na Malásia e 2,0% na China. Além disso, na Índia o custo real combinado de energia é 74% superior ao da Malásia e 39% superior ao da China.
Nossa infra-estrutura portuária também continua sendo insuficiente. Embora a construção em escala global signifique que as mercadorias precisem ser exportadas para o mundo todo, as mercadorias da Índia não podem ser empurradas através dos gargalos dos portos. Os 12 dos principais portos da Índia podem manusear apenas 30 milhões de trafego TEU, enquanto provavelmente a necessidade é perto de 100 milhões. A capacidade de tráfego de Singapura ou Hong Kong é pelo menos quatro vezes o maior porto indiano. O tempo de resposta para navios que atracam nos portos indianos é pior em um fator de 10, em comparação com os nossos colegas do leste asiático. Grandes exportadores indianos tiveram que construir e operar seu própria cais para superar essas limitações. Esta é uma desvantagem que é difícil de neutralizar em um mundo de custo competitivo.
Nossa própria história com o cobre vale a pena mencionar. Mais de 20% do custo inicial do projeto foi direcionado a construção de um cais, uma central elétrica própria e 70 KM de tubulação de água. Esta infraestrutura é garantida nas economias mais desenvolvidas, e também na maioria dos nossos vizinhos do leste asiático. Apesar destes custos, temos sido capazes de manter a nossa própria infraestrutura, e elas são globalmente avaliados em top quarto em eficiência de gasto.
E, terceiro, deixe-me enfatizar a última milha de implementação. Planos, políticas apenas são boas como a velocidade com que são executadas. É preciso colocar um prêmio muito maior na velocidade da tomada de decisão bem como a implementação para que os projetos saiam do papel e cheguem a realização o mais rapidamente possível. Isto é particularmente verdadeiro para o IDE. Mais frequentemente do que não, o investimento continua a ser adiado por falta de rapidez na obtenção de aprovações.
Conclusão
Em conclusão, é de responsabilidade de ambos, corporações e políticos, garantirem que a Índia não perca o ônibus. O roteiro da Índia para se tornar um centro de produção terá que basear-se em blocos de construção com visão global, uma atitude apaixonada de manufatura, foco no valor de inovações melhoradas e um ambiente de negócios facilitador..
Embora possa ser difícil - e até mesmo impraticável em termos operacionais - para conceber de fazer um país competitivo em todos os setores, podemos definitivamente elaborar e implementar um plano estratégico para tornar os setores industrial e/ou grupos competitivos.
O que eventualmente irá conquistar a questão em favor da Índia, creio eu, será a atitude "Nunca Diga Morrer" dos empresários indianos. Em mais de uma ocasião, provamos que os cínicos estavam errados, para voltar fortes, apesar da gravidade das limitações.
E, a história econômica da Índia sempre foi marcada pela iniciativa local que remonta a mais de 100 anos. A forma como as empresas indianas respondem - mesmo sob limitações - é nada menos que surpreendente. Índia - e indianos - sendo razoável - e justificado - em termos de sonhar grande - para se tornar uma potência industrial global, é este espírito indomável que terá sucesso em levar a Índia para o mundo.